Pular para o conteúdo principal


A crítica, contundente e precisa, que o escritor português José Saramago fez à Igreja Católica Apostólica Romana, muito mais que representar o ateísmo do autor, questiona a apropriação de Deus por uma estrutura arrogante, prepotente e que ao longo da História tem sido – com brevíssimos intervalos – instrumento de opressão.
Se num determinado momento da História foi ela própria, Igreja, o centro para onde se voltavam as classes dominantes, hoje é apêndice. É importante notar que Saramago faz críticas específicas ao Velho Testamento, mesmo sem citá-lo. É o “documento” básico do fundamentalismo judeu. Resultou no sionismo e na presunção de “povo eleito”. É nessa ótica que Palestinos são submetidos ao terror de Israel.
Saramago fala nas Cruzadas, já sob a égide do cristianismo e caracteriza-as como boçalidade. Claro que são. Importante é perceber que por trás dessa apropriação de Deus, de Cristo existe o fator luta de classes. Opressor e oprimido.
Esses são militares hondurenhos nos momentos seguintes ao golpe que derrubou o presidente constitucional do país, Manuel Ze laya. À falta de um Edir Macedo para ludibriar e enganar o povo de Honduras foram buscar o cardeal. O comandante em chefe do exército de Honduras cumpriu pena, quando major, por chefiar uma quadrilha de ladrão de automóveis de luxo.
O golpe foi dado para garantir a “democracia”, a “constituição” e em nome do “pai”.
E após cumprirem o “dever cívico” e “patriótico” no qual se refugiam os canalhas foram receber das mãos do cardeal de Honduras a bênção por salvar o latifúndio, os bancos, as grandes empresas, os “negócios” de norte-americanos. Foram mais de cem mortos, mais de mil desaparecidos, centenas de mulheres estupradas, pessoas torturadas tudo com as bênçãos da Igreja Católica. Faça-se a ressalva que freis dominicanos manifestaram-se contra o golpe em documento público. Mas Bento XVI e sua cúpula reverenciaram Hitler pelo momento de suprema “devoção”.
O cardeal hondurenho dá a comunhão a golpistas. Ponto culminante do cinismo e do comprometimento da cúpula da Igreja com os “negócios”. Desde os tempos de Marcinkus, pelo menos na história recente.
A figura abaixo, um dos mais sinistros ditadores de todos os tempos, também recebeu o aval “divino”. Note-se que Pinochet sequer tirou o quepe. Devia imaginar que era auréola.
Em tempos não tão idos assim, a figura abaixo se reuniu com a cúpula da Igreja e logrou obter o apoio do papa Pio XII para trocar judeus por garantias de preservar o reino “divino” do pontífice.
Os brevíssimos papados de João XXIII e Paulo VI não foram suficientes para desmontar a máquina brutal e terrorista da Igreja Católica, cínica. As burras de dólares chegaram com o cardeal Marcinkus (teve prisão decretada pela justiça italiana por fraudes bancárias, associação a organizações do crime organizado – a Igreja por sua cúpula já o é – e sequer podia sair do Vaticano). João Paulo II foi o encarregado da nova Inquisição. Bento XVI só faz aprofundá-la, até porque integrantes da juventude hitlerista, sabe de cor e salteado o modus operandi.
O que se vê na foto acima infiéis e traidores da causa de “Deus” submetidos à justiça “divina” abençoada pelo cardeal hondurenho e pelo papa nazista.
Foram “incapazes” de compreender o alcance do “patriotismo” desses boçais e cismaram de resistir acreditando que liberdade tenha – tem – outro conceito, que não aquele emitido pelo sino de Wall Street.
Para que as “mentiras” veiculadas pelo templo brasileiro, um deles, a GLOBO, os soldados abaixo calam o jornalista independente, que não reza a “bíblia” das SS.
E matam, como mataram e continuam matando, centenas de cidadãos que não “entendem” que os militares, os latifundiários, os empresários, os norte-americanos, os agentes do serviço secreto de Israel no cerco a embaixada brasileira, são emissários de “Deus”.
Vítima da “justiça divina” em Honduras. Não foi lá buscar a bênção do cardeal e com isso foi enviado ao “inferno”.
Os templos da comunicação no Brasil ignoram a realidade hondurenha de forma deliberada. Desde o diácono William Bonner, à sacerdotisa Miriam Leitão, ou ao supremo sacerdote do templo ELE E ELA Alexandre Garcia e o sábio William Haack. São escolhidos para manter o povo fiel e disciplinado na crença que todos somos Homer Simpson, idiotas dispostos a manter na fé cega toda essa estrutura podre e carcomida que junta desde os centros de decisão norte-americanos, Wall Street e Pentágono, aos diversos pontos espalhados pelo resto do mundo.
Quem não for capaz de compreender essas revelações, esses “sacrifícios” “democráticos” e “divinos” de generais ladrões de automóveis, ou a soldo dos donos, ou as ambas coisas, que receba a punição devida. Seja exemplado para que todos possam compreender a natureza suprema seja da Igreja Católica, seja dos que sustentam esses templos de arrogância, poder e barbárie (a despeito de padres e bispos que tentam fazê-la decente, digamos assim).
Na foto acima se pode observar o rigor “divino dos “patriotas” em nome de “Deus”, o deles. A forma como fazem chegar ao mortal comum, longe e distante da compreensão do seu “dever”, a “justiça”.
*Laerte Braga

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

keneisianos...

John Maynard Keynes Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa Esta página cita  fontes confiáveis , mas que  não cobrem todo o conteúdo .  Ajude a  inserir referências . Conteúdo não  verificável  poderá ser  removido .— Encontre fontes:   Google  ( notícias ,  livros  e  acadêmico )   ( Setembro de 2016 ) John Maynard Keynes CB John Maynard Keynes Conhecido(a) por Macroeconomia ,  Escola keynesiana Nascimento 5 de junho  de  1883 Cambridge ,  Inglaterra Morte 21 de abril  de  1946  (62 anos) Tilton ,  East Sussex ,  Inglaterra Nacionalidade   Britânico Cônjuge Lydia Lopokova  (1892-1981) Alma mater King's College, Cambridge Causa da morte Ataque cardíaco Campo(s) Economia Política ,  probabilidade John Maynard Keynes  ( Cambridge ,  5 de junho  de  1883 ...
Capitalismo e gestão de riscos Um dos problemas do capitalismo e dos capitalistas é a gestão dos riscos bancários. Para enfrentar a encrenca, desde o início da década de 70 do século passado foi constituído o Comitê de Regulamentação Bancária e Práticas de Supervisão. Sediado no Banco de Compensações Internacionais – BIS – em Basileia, na Suiça, esse órgão também é conhecido como Comitê de Basileia. Ele é composto por representantes dos Bancos Centrais e de autoridades econômicas dos países mais ricos. O Comitê de Basileia pretende melhorar a qualidade da supervisão bancária e fortalecer a segurança do sistema bancário internacional, principalmente depois do fim do sistema monetário internacional baseado em taxas de câmbio fixas (1973). O Comitê em tela aprovou o Acordo de Basileia em julho de 1988. Esse acordo definiu mecanismos para medir risco de crédito e exigência de capital mínimo pelos reguladores nacionais, construindo três conceitos: 1) Capital regulatório – capital...

POSSIVEL ESTUPIDEZ...

As palavras racistas de Trump incitam o ódio e alimentam a xenofobia global   AddThis Sharing Buttons Share to Facebook Share to Twitter Share to WhatsApp Share to E-mail Share to Imprimir Por Global Times 26/03/2020 19:20 Créditos da foto: O presidente dos EUA, Donald Trump, faz uma declaração para a imprensa após uma reunião com representantes do setor de enfermagem na Sala Roosevelt da Casa Branca sobre a pandemia do COVID-19 na quarta-feira em Washington, DC (AFP) A Informação não é mercadoria, é um bem público. Venha se somar aos mais de 100.000 leitores cadastrados. ...